Se me desses um jardim de amor pintava flores de chá e abrigava as minhas memórias Fazia crescer impressões para transportar num colar que me ensinava a amar. Foi no dia da passagem de todas as passagens que olhou a margem, expôs rios coloridos e descobriu a transparência, a leveza, e todas as coisas belas que puderes esperar. Não tinha medo de pintar. Nem sempre foi assim, noutros tempos vivia na ingenuidade, preocupada apenas com a evidência, produzia para existir. Não sabia que o tempo tornava a arte num mar grandioso de ondas contínuas sem descansar, sem sossegar, que o seu ”ser” se revelaria numa espiritualidade resistente, combatente, à custa de luta, da tensão e do desejo. Na dúvida, encontrou a pacificação. Na reflexão avaliava a vivência sempre perdida e antecipava a experiência da pintura como futuro, metáfora e interpretação - única possibilidade estética. No sono misturaram-se as imaginações desencantadas e as prendas entregava-as ao céu, fazendo um pacto de comp...
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A mostrar mensagens de novembro 18, 2011