COMO SE O MUNDO FÔSSE UM PARQUE Jorge de Sena, avisadamente, aconselhava que todos os textos críticos deveriam ser encabeçados pelo título de Wackenroder: “Efusões Sentimentais de um Irmão Leigo, Amante das Artes”. Jorge de Sena tinha razão… Plantar flores de chá e abrigar as memórias, executar gestos ancestrais de todos os tempos e atracção pelo imenso saber do sabor a chá, mais ou menos límpido ou turvo de pó, restos de folhas que o foram, perspectivam harmonia, respeito, pureza, tranquilidade. Apreciar o chá e dissolver o corpo no universo eterno: o mundo de Ana Maria é rico, grande. Mundo que não pressupõe ponto de vista único e espectador imóvel. Este tem que trabalhar, impelido para acompanhar todas as alterações de perspectivas e camadas de ilusão. Na sua força expressiva, feita para fascinar, tem essa qualidade e essa verdade, um caso à parte que cativa ao primeiro olhar, nos impede de ficar aqui parados e obriga a contínuos regressos ao pormenor. Conteúdos nada ...
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A mostrar mensagens de dezembro 29, 2013