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A mostrar mensagens de janeiro 28, 2014
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A pintura   pode   propor caminhos de errância. Pode inventar geografias do mundo, plasmando afectos de lugares que só têm sentido quando se viaja sem bagagem e se está disponível para sentir o chão que pisamos. Ana Maria tem o sentido maior deste caminhar numa sublime paisagem – quase aérea, quase etérea – como se de um imenso rendilhado se tratasse. Afinal pode ser efémera ou nula a importância dos lugares de partida ou dos   lugares de chegada quando, olhando este conjunto de pinturas e desenhos, nos apercebemos desta espécie de continentes flutuantes que não procuram nenhum porto como morada. É um trabalho de   minúcia exaustiva, de contenção cromática, caminhos de fragmentos que se alinham e desalinham, que se aproximam e se afastam, numa lógica que a própria pintura sustenta e alimenta. É um trabalho que não procura diluir fronteiras entre elementos – a terra e a água (o mar) – aqui assumidos como lugares simbólicos: a pintura alastra, quase ten...