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A mostrar mensagens de fevereiro 2, 2014
“….a poiesis, o campo que abre e encerra todos os outros, que permite que a experiência da realidade signifique algo mais. O espaço da construção poética, do nosso movimento até à invisibilidade própria dos objectos, mas que é também um movimento até nós próprios. Onde reconhecemos não apenas o objecto, mas nos reconhecemos a nós próprios como seres-no-mundo, seres iminentemente mortais, seres poéticos e criativos. Uma reduplicação da realidade , como lhe chama Foucault. A poiesis é nessa proximidade da morte, a última possibilidade de as coisas se situarem algures para além do tempo, deixando e cravando sobre elas fragmentos da nossa própria existência e do nosso próprio corpo O segredo será sempre como o descobriu Perseu, nunca olhar directamente para o rosto pérfido de Górgona, mas sim, para o seu reflexo no escudo de bronze. Como diz Italo Calvino: É sempre na recusa da visão directa que reside a força de Perseu, mas não numa recusa da realidade do mundo de monstros em q...